“Tira tempo para refletir; é a fonte da vida.
Tira tempo para brincar; é o segredo
da perene juventude.
Tira tempo para ler; é o fruto da
sabedoria.
Tira tempo para orar; é a força mais
poderosa aqui na terra.
Tira tempo para amar e ser amado; é um
privilégio concedido por Deus.
Tira tempo para ser amigo; é o caminho
da felicidade.
Tira tempo para rir; é a música da
alma”.
Preciso de tudo isto como de
pão para a boca. O meu pai ensinou-me a trabalhar “como um moiro” ou “um
galego” e, se me via de costas ao alto, chamava-me “lorde”. Era a ideia que ele
tinha dos “lordes” ingleses.
Sem culpa do meu querido pai,
agora vejo-me na situação dum colega que anda sempre a espumar como cavalo de
corrida. Quando lhe dizem: “Para o motor e senta-te aqui um bocado”, ele
responde invariavelmente: “Não posso”. Sei por experiência própria que ele não
pode mesmo. Não consegue.
Falta-nos recuperar o “sentido
humano” do trabalho, como queria Paulo VI. Por vezes trabalhamos desumanamente.
Como máquinas. Ou como azémolas presas à nora.
- Mestre, para atingir a
santidade, que caminho devo seguir? O da contemplação ou o da ação?
- Perguntava um discípulo ao
seu guru.
- O da ação - foi a resposta. O
da tua ação ordinária.
E o homem atirou-se ao
trabalho, enquanto o mestre o observava divertido.
É que eu não vejo ação nenhuma.
Vejo apenas movimento.
Razão tinha o tal Coelet, o “pregador”.
A única coisa importante na vida, consiste em “alegrar-se e fazer o bem”.
Abílio Pina Ribeiro
Publicado no
«Mensageiro de Santo António», mas foi-me enviado por e-mail e
porque dá para parar e pensar, merece ser publicado também aqui.